quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Camarão-amarelo

Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura cyanoviridis) na flor do Camarão-amarelo
Foto: José Francisco Haydu

Nomes populares: Camarão-amarelo, Flor-camarão, Camarão-vegetal, Planta-camarão, Camarão, Lollipop plant e Golden shrimp plant
Nome científico: Patchystachys lutea
Família: Acanthaceae
Origem:  América do Sul, Peru





Descrição:
O Camarão-amarelo é um arbusto perene de origem tropical com cerca de 1,2 m (50 in) de altura com folhas de formato oval, alongadas, pontiagudas, na coloração verde-escura, com nervuras bem definidas, também possuem um bom valor ornamental, pois ajudam a destacar ainda mais a coloração marcante das inflorescências da espécie.

Sua inflorescência amarela de aspecto única, muito chamativa, desabrocha principalmente na primavera e verão, com algumas variantes em cor branca, possuem bastante néctar, muito atrativa para beija-flores. São formadas de folhas modificadas, na cor amarelo-ouro (as brácteas) e flores que podem variar do branco ao creme. 

As brácteas, folhas modificadas, assumindo cores, formas e texturas semelhantes às de pétalas. Sua função original é de proteger a inflorescência em desenvolvimento e tomando para si a função de atrair polinizadores para flor verdadeira, essa sim, capaz de produzir sementes e garantir a continuidade da espécie.


Beija-flor-papo-branco (Leucochloris albicollis) na flor do Camarão-amarelo
Foto: José Francisco Haydu
Técnica de Cultivo
Seu crescimento é rápido e a manutenção simples, porém para que o Camarão-amarelo possa se desenvolver bem e atingir seu clímax, o ideal é cultivá-la sob sol pleno, ou ainda à meia-sombra, mas neste caso haverá menos flores.

É recomendada a realização de regas regulares, mantenha o solo úmido, mas nunca encharcado, na dúvida pode-se esperar a terra secar entre uma rega e outra, em ambientes externos suporta estações com poucas chuvas. 

Se for cultivar a planta em vaso, complete o fundo com uma boa camada de pedras, cacos de telha ou argila expandida. Colocar a manta de drenagem (também chamada de bidim) por cima, assim facilitando o escoamento da água excedente, evitando que as raízes dificultem a drenagem e fiquem imersas na sobra da rega.



Quanto aos cuidados, é aconselhável afofar o substrato, adubar e acrescentar composto orgânico anualmente. Realizar uma poda de limpeza, deixando a planta livre dos galhos mortos e doentios, assim é capaz de florações intensas. Para manter a planta compacta, pode as pontas antes do florescimento.

O Camarão-amarelo pode ser plantado em diversos tipos de clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical e Tropical. Deve ser plantado a sol pleno. Prefere temperaturas altas, não tolera frio intenso. Umidade do ar alta, também é apreciada, acima de 60%.

A espécie se propaga por estaquia da ponta de ramos, sempre é bom lembrar-se de deixar pelo menos duas gemas. Devem ser cortadas no final do florescimento e enraizadas em local protegido com altas temperaturas e umidade. Se preferir, adquira novas mudas e inicie um novo ciclo de plantio, pois a planta tem um ciclo de vida pleno de cerca de cinco anos.


Beija-flor visitando as flores do Camarão-amarelo

Paisagismo e uso decorativo:
O que mais chama a atenção do Camarão-amarelo é o formato das suas flores, parecem camarões enrolados, onde se originou seu nome popular. É por causa desse aspecto tão diverso que a espécie é amplamente empregada para criar um clima bem diferenciado em um jardim amplo ou por menor que ele seja.

Possuindo uma folhagem bem volumosa e um design bastante diferenciado, esta espécie é excelente opção para ornamentar um jardim. Suas flores amarelas que lembram a cor ouro, um pouco brilhante ao mesmo tempo opaca, dependendo da sua variante, são usadas para mesclar com outras espécies da mesma família.

Em países de clima temperado a planta é comumente usada na decoração de interiores, plantada em vasos, mas no Brasil é mais utilizada em locais externos e canteiros pelas cidades brasileiras, especialmente as litorâneas, muito utilizado em bordadura e maciços, acompanhando muros, muretas e paredes em condomínios, centros empresariais, praças, parques e ruas. 



Créditos das Fotos:
1. https://www.jfhaydu.com/jfh-eupetomena-macr-cyanoviridis
2. http://30r8p93i26e4rjv9qo3ulokei.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2013/11/lollipop-plants.jpg
3. https://www.jfhaydu.com/tpicos
4. http://www.logees.com/media/catalog/product/cache/1/image/9df78eab33525d08d6e5fb8d27136e95/r/1/r1467-2-large_1.jpg
5. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiOsRz5KHbysWi3MP0emaa1w-pF7uJkocbUwNUVpYRO-qW_ZI4-53LBUscl-v5QHxJ1KU_XLerKyBa-MeIFrkVJSPjja7BqsRXxCBDwyRpws7lLTc5ZmCMh8q0M209hT0vmetBZKRLkCg/s1600/beija+flor+no+camar%25C3%25A3o+amarelo.jpg
6. http://toptropicals.com/pics/garden/2004/4/4992.jpg

Fontes dos Textos:
http://www.cultivando.com.br/plantas_detalhes/camarao_amarelo.html
http://www.cuidar.com.br/camarao-amarelo
http://minhasplantas.com.br/plantas/camarao/
http://flores.culturamix.com/flores/camarao-amarelo-uma-planta-cultivada-para-enfeitar
http://plantas-ornamentais.blogspot.com.br/2011/02/camarao-amarelo-pachystachys-lutea.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Br%C3%A1ctea
https://en.wikipedia.org/wiki/Pachystachys_lutea


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Salvia



Nomes Populares: Salvia, Alegria-de-jardim, Sangue-de-adão, Cardeal, Scarlet sage
Nome Científico: Salvia splendens
Família: Lamiaceae
Origem: América do Sul, Brasil





Descrição:
A salvia é uma planta nativa das florestas tropicais brasileiras. É um arbusto semi-lenhoso, subarbustiva de folhas verdes ovais pontiagudas e caule quadrangular, forma arredondada. Suas folhas são vistosas, de coloração verde-escura, brilhantes, e nervuras bem definidas. 

As flores tubulares saem de dentro de cálice persistente, são campanuladas. Poderão ser encontradas nas cores vermelha, creme, roxa e rosa. Suas flores atraem beija-flores, e também insetos. Podendo atingir até 1,50 m (60 in) de altura. Também são encontradas variedades desenvolvidas anãs, de menor altura, cerca de 30-40 cm (12-16 in).




Técnica de Cultivo: 
Planta de fácil cultivo, porém é imprescindível sol pleno para seu pleno desenvolvimento, e as regas devem ser regulares, abundantes e espaçadas para um melhor crescimento e florescimento. A salvia emurchecerá, e poderá perder suas folhas durante períodos secos, contudo caso volte a regá-la, normalmente se restabelece.

Podar após o florescimento revitaliza a planta, tornando-a perene. Tolera baixas temperaturas. Sua propagação por sementes se dará em qualquer época do ano. Ideal o plantio em canteiros com matéria orgânica e com boa drenagem.




Paisagismo e uso decorativo:
Atualmente a maioria das plantas comercializadas são de espécies desenvolvidas por melhorias genéticas na Europa e Japão. Produtores cultivam variedades de salvias anãs com cerca de 30-40 cm (12-16 in), uma excelente opção para compor vasos e bordas de canteiros. 

Planta notável, muito usada em ornamentação para plantios em bordaduras e para formação de grandes maciços de flores de uma só cor, ou manchas delineadas de cores diferentes em jardins empresariais, condomínios, parques e praças públicas, com certeza, será um sucesso.


Local: Condomínio Mirante do Sul (São Paulo/Brasil) - Foto: Caetano Labbate Junior








Fontes:
http://www.fazfacil.com.br/jardim/jardim-salvia-splendens/
http://www.jardineiro.net/plantas/alegria-dos-jardins-salvia-splendens.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Salvia_splendens
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Salvia_splendens1.jpg
http://www.cultivando.com.br/plantas_detalhes/salvia.html
http://plantas-ornamentais.blogspot.com.br/2011/10/salvia-salvia-splendens.html
http://www.sagewisdom.org/splendens.html
https://davisla3.files.wordpress.com/2012/09/salvia-splendens-flower.jpg
https://br.pinterest.com/pin/248753579388166796/
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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Lágrima-de-Cristo



Nome popular: Lágrima-de-Cristo, Clerodendro-trepador e Bleeding glory-bower
Nome científico: Clerodendron thomsoniae
Família: Verbenaceae
Origem: África Ocidental





Descrição:
A lágrima-de-cristo prefere um clima tropical e subtropical. A planta não suporta temperaturas muito baixas, sendo muito sensível à geada. Trepadeira perene e razoavelmente rústica, e que cresce no máximo 4 m de altura, sendo semi-herbácea de crescimento lento. 

Apresenta folhas brilhantes e ovaladas de coloração verde-escura, com nervuras profundas e bem delineadas. As flores, produzidas na primavera e verão, são ramificadas e são compostas pelo cálice branco e pela corola tubular na cor vermelha, com longos estames, atraindo mamangavas.


Foto: Mário Franco

Técnica de Cultivo:
Cultivar em solos arenosos e ricos em matéria orgânica, como no seu local de origem, na África. É imprescindível mantê-la em local bem iluminado, pois possui uma alta exigência de luminosidade, apesar de florescer melhor em locais com muita luz indireta (difusa). Regue generosamente durante os meses mais quentes, quando ela está em pleno crescimento, mas diminua nos meses mais frios, o suficiente para manter o solo úmido. Prefere também ambientes com alta umidade relativa do ar, acima dos 60%. Não suporta geada. 

A lágrima-de-cristo necessita de poda de limpeza, logo após a floração terminar. Não tenha medo de podar, quando devem ser retirados seus galhos secos, mal formados ou doentes, para evitar que ela perca sua força e viço. Após a poda, mova a planta para um ambiente aconchegante, local bem iluminado ou ao ar livre. Multiplica-se por alporquia, através de estacas ou por sementes. A adubação pode ser feita de dois em dois meses, se o fertilizante escolhido não tem cálcio, um suplemento de cálcio separado pode ser aplicado. Cascas de ovos trituradas no solo é um excelente suplemento de cálcio orgânico para plantas. Fique atento para cochonilhas e ácaros.




Paisagismo e uso decorativo:
Facilmente encontrada em jardins e projetos paisagísticos, seu crescimento não é vigoroso, e floresce na primavera e no verão, ideal para ser utilizada em varandas, cercas e treliças, sendo também uma planta bastante adequada para pórtico, caramanchões e pergolados, por produzir bela sombra no verão e permitir a passagem de luz no inverno. 

Pode ainda ser mantida como um arbusto se podada regularmente. Suas inflorescências aparecem em grande número, e são muito chamativas. Em algumas regiões do mundo, tornou-se nativa. 









Fontes / Texto:
http://www.jardineiro.net/plantas/lagrima-de-cristo-clerodendrum-thomsonae.html
http://plantasonya.blogspot.com.br/2008/10/lgrima-de-cristo-clerodendrum-thomsonae.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Clerodendrum_thomsoniae
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/flora/noticia/2015/02/lagrima-de-cristo.html
http://www.gestaonocampo.com.br/biblioteca/lagrima-de-cristo-clerodendron-thomsoniae/
http://www.missouribotanicalgarden.org/PlantFinder/PlantFinderDetails.aspx?kempercode=b663
http://www.cultivando.com.br/plantas_detalhes/lagrima_de_cristo.html
http://www.campograndenews.com.br/lado-b/arquitetura-23-08-2011-08/com-flores-delicadas-ou-exoticas-trepadeiras-sobem-por-telas-e-viram-paredes

Fontes / Fotos:
http://luirig.altervista.org/cpm/albums/bot-hawaii08/03834-Clerodendrum-thomsonae.jpg
http://www.missouribotanicalgarden.org/PlantFinder/FullImageDisplay.aspx?documentid=14513
http://www.missouribotanicalgarden.org/PlantFinder/FullImageDisplay.aspx?documentid=17488
http://www.missouribotanicalgarden.org/PlantFinder/FullImageDisplay.aspx?documentid=17489
http://www.missouribotanicalgarden.org/PlantFinder/FullImageDisplay.aspx?documentid=14511
http://cveti-rasteniya.ru/wp-content/gallery/klerodentum/12.jpg






Manacá-da-serra



Nomes Populares: Manacá-da-serra, Cuipeúna, Jacatirão, Manacá-da-serra-anão
Nome científico: Tibouchina mutabilis
Família: Melastomataceae
Origem: América do Sul, Brasil





Descrição:
O manacá-da-serra apresenta uma copa de formato arredondado com ramagem abundante, é uma árvore semi-decídua nativa da Mata Atlântica.  Espécie pioneira deste bioma, pode-se dizer que ela é típica da floresta ombrófila densa da encosta atlântica. 

Seu porte é baixo a médio, atingindo de 6 a 12 m de altura e cerca de 25 cm de diâmetro de tronco. As folhas são lanceoladas, pilosas, verde-escuras e com nervuras longitudinais paralelas. As flores apresentam-se solitárias e são grandes, vistosas e duráveis. 
Elas desabrocham com a cor branca e gradativamente vão tornando-se violáceas, passando pelo rosa. Esta particularidade faz com que na mesma planta sejam observadas flores de três cores. A floração ocorre no verão e a frutificação no outono.
Os frutos do Manacá da Serra são ovalados e quando maduros (secos) soltam grande quantidade de sementes que são minúsculas, quase que um pó.

A variedade, conhecida como ‘Nana’, alcança de 2 a 3 m de altura e é mais precoce, iniciando a floração com menos de meio metro. Com seu porte arbustivo, ela é apropriada para o uso isolado ou em grupos e renques. Sua floração ocorre no inverno, ao contrário da forma arbórea típica.



Foto: Mauro Guanandi


Técnica de Cultivo: 
O manacá deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente por pelo menos um ano após o plantio no local definitivo. Planta característica de clima tropical úmido, é tolerante ao clima ameno das regiões subtropicais. Multiplica-se por sementes, estacas e alporques.

A variedade ‘Nana’ (manacá-da-serra-anão) só pode ser multiplicada por estaquia e alporquia, pois os descendentes oriundos de sementes, podem não apresentar as características típicas desta variedade e atingir o porte arbóreo. Também pode ser cultivado em vasos, a umidade deve ser bem controlada, mantendo o substrato sempre úmido, porém sem encharcamento excessivo.





Paisagismo e uso decorativo:
O manacá-da-serra é uma excelente opção para o paisagismo urbano, pois não apresenta raízes agressivas, permitindo seu plantio em diversos espaços, desde isolado em calçadas, até em pequenos bosques em grandes parques públicos. O manacá-da-serra se popularizou rapidamente no paisagismo devido ao seu florescimento espetacular.


                                                                           
Foto: Luís Bacher





Fontes:
http://www.jardineiro.net/plantas/manaca-da-serra-tibouchina-mutabilis.html
http://www.fazendacitra.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=185:manaca-da-serra-uma-planta-campea-de-vendas&catid=16:plantas-raras
https://www.google.com.br/search?sourceid=chrome-psyapi2&rlz=1C1AVNA_enBR689BR690&ion=1&espv=2&ie=UTF-8&q=manaca%20da%20serra%20an%C3%A3o&oq=manaca%20da%20se&aqs=chrome.4.0j69i57j0l4.13291j0j8
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/flora/noticia/2015/02/manaca-da-serra.html

http://www.tommudas.com.br/?p=58
http://www.mundoreal.xyz/arvore-brasileira-o-manaca-da-serra/manaca-da-serra-em-vaso/